sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Um picadeiro chamado Congresso Nacional.

“O circo do Congresso Nacional, tem a honra de apresentar o maior espetáculo da terra.
A cassação de Renan Calheiros”.

Pela primeira vez uma votação do Congresso Nacional não terminou em pizza, e sim em atração circense. E nós, os quase 180 milhões de brasileiros, que estavam na platéia foram impedidos de assistir a apresentação. Mais uma vez o “apagão” tomou conta do picadeiro, digo do Congresso, escurecendo-o e impedindo que a platéia pudesse acompanhar o que se passava.
E nós que, com o suor de nossos rostos, pagamos por este espetáculo e pela manutenção deste circo, chamado Congresso Nacional, fomos privados de saber quais os atores que se recusaram a participar do espetáculo, ou mesmo os que não atuaram conforme a vontade popular.
Quase classifiquei como palhaços os seis senadores que se abstiveram de votar a cassação de Renan Calheiros, mas na realidade o palhaço desta história sou eu. Afinal sou eu que levanto-me cedo para trabalhar, enquanto os senadores dormem. Sou eu que trabalha todos os dias, enquanto os senadores apenas 3 dias na semana. Sou eu que mal consigo tirar 20 dias de férias, enquanto eles gozam de 3 meses. Sou eu que sou extorquido em abusivos impostos para manter esta “casa de espetáculo”.
O resultado em si não é mais importante, e sim as articulações e conchavos acertados para a obtenção desta absolvição. Quantos acordos escusos não foram fechados? Quantas pontas de tapetes não foram levantadas, mostrando a sujeira existente por debaixo deles, fazendo calar alguns dos senadores?
As eleições se aproximam, mas assim como a qualidade do ensino público, a qualidade dos candidatos cai a cada ano. E os poucos que se destacam e conseguem motivar a população, após elegerem-se assumem a mesma posição que repudiavam.
E o que faremos agora? Esperamos o próximo espetáculo?
Que desanimo! Quanta desilusão!
E o brasileiro de tanto sofrer com as mazelas de nossos representantes e governantes, sentem-se sem energia para opor-se a essa situação. Mas chegará o dia em que o idealismo, apresentado na revolução de 32 e no golpe de 64, novamente se instalará nos brasileiros, fazendo-os reagir.
As armas para esta nova revolução os brasileiros possuem, basta apenas a consciência de saber fazer uso delas. O voto é nossa arma. A Internet, com seu poder comunicação poderá nos auxiliar, levando em poucos segundos nossas idéias a lugares que, em outras épocas, levariam dias, semanas ou até mesmo meses para chegar.
Enquanto isso, que cada chama deste idealismo possa acender uma nova chama.

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