domingo, 26 de outubro de 2008

Avaliação do projeto Eleições 2008

Finalizado o projeto de Eleições 2008, onde disponibilizamos espaço para 22 candidatos apresentarem suas propostas à comunidade, redigimos este documento com a finalidade de gerar uma avaliação crítica sobre os objetivos propostos e obtidos. Com isso desejamos gerar subsídios para nova execução deste projeto nas futuras eleições.

Proposta:
Promover à comunidade maior consciência quanto ao voto consciente, auxiliando estas a assumirem a responsabilidade de cidadãos preocupados com o bem comum e com a vivência dos valores do Reino de Deus, possibilitando assim a construção de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.

Divulgação:
Como meio de divulgação foram utilizados os avisos efetuados nas missas e cartazes fixados nos murais da paróquia.
As reuniões de CPP, Conselho Pastoral Paroquial, foram utilizadas para apresentar o projeto aos coordenadores de pastorais e movimentos, solicitando que estes enviassem ao menos um representante para cada apresentação.

Candidatos:
Participaram deste projetos 22 candidatos, sendo 19 ao cargo de vereador e 3 ao de prefeito, conforme a relação abaixo:

Prefeitos
Maria Lúcia Prandi - PT
Mariangela Duarte - PSB
João Paulo Tavares Papa - PMDB

Vereador
Jerônimo Lucena - PT
Alexandre Perciavalle - PT
Sidney Gaspar - PMDB
Roberto dos Anjos - PPS
Cassandra Maroni Nunes - PT
Sidney Antonio Verde - PT
Antonio Pereira da Silva - PP
Marcus de Rossi - PMDB
Paulo Murat - PPS
Paulo Cesar Peres (Borboleta) - PSB
Eustázio Alvez Pereira Filho - PTB
Augusto Duarte - PSDB
Telma de Souza - PT
Fabio Ayres - PMN
Marcelo Del Bosco - PPS
Miguel Blanco - PV
Reinaldo Martins - PT
Alcides Fonseca - PMN
Sandoval do Nascimento Soares - PSDB

Apresentação do Termo de Compromisso:
O termo de compromisso foi elaborado com o intuito de evitar que a imagem do pároco, da igreja, do grupo e da própria comunidade fosse vinculada a qualquer candidato, evitando que transparecesse um apoio eleitoral.
Quando dessa apresentação todos os candidatos, que haviam demonstrado interesse em participar deste projeto, foram convidados a participar da reunião onde o termo foi apresentado e assinado, assim como as dúvidas que foram apresentadas foram sanadas.

Apresentação da agenda:
O método de distribuição de datas e horários disponíveis ocorreu da maneira mais democrática possível, sendo esta apresentada aos candidatos e estes se apresentando como interessados neste nas datas. Quando da ocorrência de dois, ou mais, candidatos pleitearem a mesma data, estes entraram em acordo, sem a necessidade da interferência do grupo.

Participação da Comunidade:
A comunidade não demonstrou interesse neste projeto, tendo comparecido minimamente para o candidatos mais favorecidos e se ausentado por completo quando da apresentação de candidatos sem expressão nos meios de comunicação.
A solicitação para que cada pastoral ou movimento enviasse um representante não surtiu efeito, pois nem mesmo estes fizeram questão de participar.

Avaliação do grupo:
O grupo elaborou a sua avaliação conforme sob 2 (duas) óticas distintas, conforme apresentadas a seguir:

1) Comunidade:
Devido a falta de participação da comunidade, entendemos que o projeto não atingiu seu objetivo. Entendemos que a falta de credibilidade em nossos governantes e representantes seja o principal motivo dessa ausência.

2) Candidatos:
Neste ponto divergimos quanto ao candidato ter atingido seu objetivo, pois não tendo a participação da comunidade os candidatos se apresentaram muitas vezes para uma platéia composta por apenas 2 elementos, o que impediu que as horas de participação no projeto fossem utilizadas em locais de maior concentração de pessoas. Porém destacamos que foi uma ótima oportunidade, para as pessoas que se dispuseram a assisti-los, de conhecer os projetos dos candidatos, ou mesmo questionar algumas ações dos que participavam do processo eleitoral em busca de reeleição.

Conclusão:
Apesar de não atingirmos o objetivo do projeto, o grupo, tendo consciência que deu o seu melhor para a sua execução, entende que a causa da ausência da comunidade está na história política nacional, que com tantos anos de mazelas e escândalos gerou a falta de consciência política no indivíduo, considera que foi uma iniciativa importante para o crescimento político individual de cada elemento do grupo.

Projeto: Eleições 2008

Apesar de encerrado o período eleitoral do ano de 2008, apresentamos o objetivo que levaram a sua elaboração.

Nossa proposta era promover à comunidade maior consciência quanto ao voto consciente, auxiliando estas a assumirem a responsabilidade de cidadãos preocupados com o bem comum e com a vivência dos valores do Reino de Deus, possibilitando assim a construção de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.

Para tal disponibilizamos espaço onde 22 candidatos, dos mais diversos partidos, apresentaram suas propostas à comunidade. Para que pudessemos preservar a imagem do pároco da igreja, da comunidade e do próprio grupo e também agirmos dentro de um processo transparente e imparcial redigimos o termo de compromisso abaixo.

TERMO DE COMPROMISSO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATO NAS ELEIÇÕES 2008.
Pelo presente instrumento particular, os infra assinados, de um lado o Grupo “Fé e Doutrina Social”, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Santos, com sede nesta cidade de Santos, à Av. Afonso Pena nº 614, neste ato representado pelo abaixo assinado e de outro lado ................................................................................ ...................................................... candidato a ................................................................. domiciliado a Rua ........................................................................... nº. ............, nesta cidade, filiado ao partido .................................................................................., tem entre si justo o compromisso, como segue:

1° - O Grupo “Fé e Doutrina Social”, representado por Valdir Peres, Rose Peres, Basiliano Lucas, Danilo Barion e Marcelo Dias, será o responsável pela organização do evento, preparação do espaço, apresentação do candidato e a tomada de decisões que visem garantir que tudo transcorra da melhor maneira possível.

2° - O candidato, consciente da Lei Eleitoral, Resoluções e Instruções publicadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, poderá descrever sua trajetória de vida, profissional e política, sua proposta de campanha, objetivos a serem alcançados, e os motivos que o levaram a ser candidato.

3º - O candidato deverá ao apresentar suas propostas promover à comunidade maior consciência quanto ao voto consciente, auxiliando estas a assumirem a responsabilidade de cidadãos preocupados com o bem comum e com a vivência dos valores do Reino de Deus, possibilitando assim a construção de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.

4º - O encontro será agendado nos dias da semana de 5ª feira (quinta-feira) a domingo, conforme disponibilidade do salão paroquial, com duração máxima de 1H 30M (uma hora e trinta minutos), contando do horário agendado para seu início. O horário no período noturno, não poderá ultrapassar às 22H (vinte e duas horas), por cumprimento de encerrramento das atividades na paróquia.

5º - Fica sob responsabilidade do Grupo, anunciar nas missas do final de semana, informando nome do candidato, dia de apresentação e horário.

6° - Fica expressamente proibida distribuição de qualquer material do referido candidato na intenção de divulgar o encontro, sob pena do cancelamento do encontro.

7º - Ao candidato, sua assessoria ou a qualquer pessoa ligada diretamente a ele, ficará estritamente reservado apenas o dia da apresentação/entrevista para distribuição de material de sua campanha (panfletos/santinhos), sendo que este não poderá ser distribuído fora do espaço reservado para sua explanação.

8º - Fica expressamente proibida à utilização de qualquer momento e/ou evento de celebração religioso para divulgação de campanha. Entende-se como momento e/ou evento de celebração religioso a missa, batizado, primeira comunhão, casamento, reza de terço ou qualquer outro momento e/ou evento de oração ou expressão de cunho religioso.

9º - O candidato fica ciente que o encontro com a comunidade, o nome da Paróquia, do Pároco ou de qualquer membro do Grupo ou ainda do próprio grupo não poderá ser usado, em hipótese alguma, na campanha ou em qualquer outra circunstância de sua vida pública.

10º - O registro de imagens, seja através de máquinas fotográficas ou filmadoras, por parte do candidato, sua assessoria ou a qualquer pessoa ligada diretamente a ele, dentro ou fora do espaço reservado para sua apresentação, fica terminantemente proibido. Fazendo parte desta proibição a utilização de telefones celulares para o registro de imagens.

11º - Fica o candidato esclarecido que após o encontro deverá recolher todo material de campanha, não sendo possível deixar nas dependências da Paróquia, para eventual e futura distribuição.

12º - Não é permitido afixar faixas, cartazes, banner ou qualquer outro material de propaganda eleitoral nas dependências da Paróquia.

13º - Fica autorizado ao Grupo organizador, caso permaneça nas dependências da Paróquia logo após o encontro, o recolhimento e imediata destruição de qualquer material de propaganda eleitoral.

14º - Em comum acordo, decidir-se-á no dia do encontro se os participantes farão as perguntas por escrito ou abertamente direta ao candidato.

E por estarem assim justos e acertados, firmam este instrumento em 2 (duas) vias de igual teor, juntamente com as testemunhas abaixo.


Santos,......... de................................. de 2008.




Membro do Grupo “Fé e Doutrina Social”




Candidato




Testemunha




Testemunha

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Isabella e Charlene, mais duas meninas nas estatísticas de crueldade.

A morte de Isabella foi causada pelo pai e pela madrasta? Por um cruel desconhecido? Por um maquiavélico conhecido? Ou talvez por uma fatalidade causada pela ingenuidade infantil ao brincar com uma tesoura?
Não sei, mas não mais importa, Isabella está morta. Sei apenas que o caso deve ser apurado, e se houverem culpados esses deverão ser punidos por seu crime.
A questão tornasse mais profunda por aumentar os números de atrocidades efetuadas contra inocentes crianças. Mal esquecemos as maldades que nos foram apresentadas pelo noticiário, onde a mãe adotiva e sua empregada torturavam a pobre menina, alegando estarem educando, vem o caso Isabella. Uma pequena criança, alegre e adorada por todos, que perde a vida pelas mãos humanas ou, na melhor das hipóteses, pela irresponsabilidade humana. Porém, quando o povo brasileiro, ainda indignado com tão trágica morte, se prepara para orar durante a missa de 7o. dia da morte de Isabella um novo caso de sangue torna a escorrer pelo chão. Charlene, uma menina de 10 anos, apareceu hoje, 04/04/2008, nos jornais por ter caído, ou sido jogada, do apartamento situado no 10o. andar do prédio onde mora. Onde novamente, pai e madrasta estão envolvidos. Mais um caso a ser apurado.
Graças a Deus Charlene não teve o mesmo fim que Isabella, mas nem por isso tornasse menos importante.
Onde iremos parar? Quantas crianças ainda deverão ser arrastadas por carro em movimento, para que o ser humano acorde para as atrocidades que faz? Quantas meninas deverão ser torturadas, sob a desculpa de método educacional, para que o ser humano perceba que assim não se constrói uma pessoa? Quantas crianças deverão ser encontradas no lixão, para que o ser humano perceba que a vida tem valor, e não é algo que se deva jogar no lixo? Quantas crianças deverão se prostituir, apenas para o deleite de homens e mulheres em busca de prazer? Quantas crianças deverão ser violentadas pela inconseqüência dos homens?
Não, não sei responder a qualquer dessas perguntas. Sei apenas que o mundo tornasse um mundo sem valor, sem amor, sem afetividade, sem dignidade, sem fé e sem esperança.
Talvez a falta de Fé seja um dos maiores problemas. A Fé que podemos ser uma pessoa de amor, de carinho e de compreensão. A Fé que Deus, independente de sua religião ou crença, não deseja isso para você e para seus irmãos.
Termino esse desabafo tentando entender o que ocorre com o mundo e se perguntando: O que minhas filhas deverão esperar desse mundo, se eu nada fizer hoje?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008


São Paulo, 07 de Fevereiro de 2008

SANEAMENTO

- Apenas 48% da população tem acesso a rede de esgoto

O Brasil ainda está longe de levar serviços de saneamento básico a todos os habitantes, sobretudo no que se refere a esgotamento sanitário. Segundo diagnóstico realizado pelo Ministério das Cidades, com base em dados de 2006, somente 48,3% da população conta com redes de coleta de esgoto. Menor ainda é o percentual de tratamento. Apenas 32,2% do esgoto que se coleta é tratado no Brasil. Quanto ao abastecimento de água, a situação é melhor.

As redes de água potável já atendem a 93,1% da população. O diagnóstico mostra ainda que foram efetivamente investidos em saneamento R$ 4,5 bilhões em 2006, um avanço em comparação a anos anteriores. Em 2002, por exemplo, foram só R$ 2,8 bilhões.

'Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O novo bio-fóssil-combustível

Para ajudar no esclarecimento, conversei com o engenheiro mecânico Thomas Fendel – expert no assunto. O que é vendido como biodiesel brasileiro, explicou-me Thomas, vem a ser a mistura de muito diesel fóssil (derivado do petróleo) com um pouquinho do produto final oriundo de uma "sopa" de óleo vegetal (ou outra gordura natural), mais etanol (ou metanol) e soda cáustica (ou outra base ou ácido). O preparo desta "sopa" passa por um oneroso processo da transesterificação, que envolve aquecimento, retirada da glicerina e adição de aditivos para estabilização da mistura química.

Hoje, as regras brasileiras - muitas elaboradas pela ANP/Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - determinam que o resultado desta "sopa" seja misturado ao diesel fóssil na proporção de - apenas - 2% (percentual que se tornará obrigatório a partir de 2008). Ora, isso significa que o uso desse novo bio-fóssil-combustível, com 98% de componente fóssil, continuará emitindo componentes nocivos ao meio ambiente... quase mesma proporção do óleo diesel.

Alguns fabricantes de máquinas já aceitam o índice de 5%, como é o caso da Massey Ferguson, cuja frota está apta ao uso de B5 (5% de biodiesel + 95% de diesel fóssil). Não lhes parece, caros leitores, que isso pouco ajuda no combate ao aquecimento global e na defesa do meio ambiente?

Mercado do Biodiesel

Para Fendel, o ‘biobobo’ (quem o conhece sabe que é assim que ele denomina esse produto) é uma falácia. Ele insiste em afirmar que todo esse processo poderia ser evitado, gerando mais lucro para o produtor do óleo vegetal: qualquer motor diesel aceita "trabalhar" diretamente com óleo diesel + 20% de óleo vegetal qualificado, sem necessidade de adaptações mecânicas ao motor.

O pai do Proálcool, Bautista Vidal, também defende a utilização direta de óleo vegetal em motores, em detrimento do biodiesel, porque já existe tecnologia para tanto. E entende que o Programa Nacional de Biodiesel apresenta graves erros:
"Temos que usar o óleo. Por que produzir o biodiesel, se isso encarece o processo e o óleo é melhor?"

No Brasil, o mercado deste novo produto – rotulado enganosamente como milagroso – ganhou expansão a partir de maio de 2006. A Petrobras já conta com 10 produtores de biodiesel, e o número deve crescer para 23 até o final de 2007.

Nem todo biocombustível é biodiesel

Biodiesel é apenas uma espécie de biocombustível. E a mídia gera confusão ao tratar do tema: repassa-nos a idéia de que o biodiesel é o mesmo óleo vegetal extraído das oleaginosas. Mas não se trata disso, como explicou Fendel. Mas o incentivo do uso de biocombustíveis que colaborem para o esfriamento do planeta é altamente salutar para
o meio ambiente, para o mercado do agronegócio e para o bolso do agricultor.

Claro que a falta de produção de oleaginosas leva à falta de matéria-prima. Por isso, é preciso que suas vantagens sejam divulgadas:

  • o biocombustível é produzido a partir de matéria-prima vegetal renovável – soja, pinhão manso, macaúba, babaçu, dendê, girassol, mamona e outros – ao contrário dos combustíveis fósseis;
  • sua produção provoca o "esfriamento global";
  • a utilização do biocombustível na própria frota dos veículos dos produtores representa economia direta no bolso: sem gastos na compra de óleo usado nas máquinas haverá, em decorrência, redução dos custos de produção.

Mas temos poucos exemplos destas iniciativas. Na verdade, os estudos sobre a produção do biocombustível ainda não saíram totalmente do papel. E a estrutura necessária para a produção do produto final exige investimentos e conhecimento técnico.

As regras do jogo no Brasil

Os produtores que misturam o óleo vegetal ao diesel ou que usam somente o óleo vegetal são tratados como bandidos pelo fato de estarem exercendo o direito de produzir o seu próprio combustível. São assustados com os supostos perigos de dano ao motor dos tratores e das colheitadeiras, e da alteração negativa de rendimento
deste maquinário. As grandes companhias de distribuição – manipuladas pelas transnacionais do petróleo – estão preocupadas com o mercado clandestino do biocombustível, óleo vegetal que alimenta motores de caminhões
e de máquinas agrícolas, principalmente na Região Centro-Oeste do país. E já acionaram a ANP que, por sua vez, está fiscalizando esse "uso clandestino" e punindo os "fora-da-lei".

Por que isso ocorre? Por dinheiro e nada mais. As grandes distribuidoras estão perdendo volume de mercado. Estão deixando de vender o ‘bobodiesel’ para o agricultor que descobriu que pode usar o óleo vegetal que produz no motor do seu trator ou caminhão. Para o professor Adriano Benayon, doutor em Economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento (Escrituras Editora, 236 pp., 1ª edição), as pequenas usinas de biocombustíveis terão
dificuldades para prosperar no Brasil enquanto aqui vigorar a regulamentação imposta pelo Banco Mundial, que exige especificações técnicas que só as grandes usinas podem atender. Tal medida, que fere os interesses sociais e econômicos do Brasil, foi implantada após o início do Proálcool.

Conclusão

Diante de tanta novidade e de tantas informações desencontradas, precisamos conhecer melhor o assunto biocombustível, questionar, buscar dados científicos seguros... olhos e ouvidos abertos! Não podemos aceitar
pacotes de informações manipuladas pelo interesse econômico petrolífero.

Embora veículos movidos a biocombustível pareçam novidade na tecnologia automobilística, sua proposta é antiga. Em 1897, Rudolf Diesel utilizou óleo de amendoim em seu motor ‘diesel’. Henry Ford acreditava no etanol como o combustível do futuro. Seu Ford T de 1908 – modelo que imortalizou o uso do automóvel – funcionava tanto com o biocombustível etanol como com gasolina.

Ana Echevenguá, advogada ambientalista, coordenadora do programa televisivo Eco&Ação-Ecologia e Responsabilidade (http://www.ecoeacao.com.br) e colaboradora e articulista do EcoDebate.Publicado originalmente em www.EcoDebate.com.br - 14/06/2007

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Nova lei regulamenta a atividade de Motofrete

Com a nova lei, a tendência é aumentar a segurança dos motofretistas*. Capacete, antena, mata-cachorro e baú foram regulamentados pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).

São Paulo, 03 de janeiro de 2008 - Os motoboys de São Paulo terão que se adequar à nova lei que regulamenta a atividade, numa busca objetiva por melhores condições de trabalho e aumento da segurança. Publicada no Diário Oficial da Cidade de 28 de julho de 2007, a Lei n. 14.491 entrou em vigor em 01 de janeiro de 2008.

A nova legislação bastante similar ao decreto de 2005, que regulamentava o setor, estabelece que os profissionais do setor, cerca de 120 mil na cidade, deverão estar cadastrados junto à Secretaria Municipal de Transporte, que as empresas prestadoras de serviços de motofrete deverão oferecer seguros de vida e invalidez aos funcionários e que as motos terão equipamentos de segurança obrigatórios.

A principal novidade é que, pelo convênio com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a Polícia Militar vai auxiliar na fiscalização. O objetivo principal da nova lei é aumentar a segurança dos motofretistas. Além do capacete, já de uso obrigatório pelos motociclistas, os profissionais terão que usar as antenas de proteção contra linhas de pipa, mata-cachorro que protege os membros inferiores, e o baú regulamentado também pelo CONTRAN, através da Resolução 219/07.

O uso do baú adequado é importante para minimizar os danos de um acidente ao motociclista profissional, já que a carga, mal acondicionada, pode acertar o condutor e agravar os ferimentos.

Pela mesma razão, só poderão ser usadas motos com até oito anos de uso, excluído o ano de fabricação. As motocicletas mais novas, além de mais seguras, também apresentam menor quantidade de emissão de poluentes, agredindo menos o meio ambiente. As motos precisam ainda ser originais de fábrica, ter pelo menos 120 cilindrada e ser licenciadas como veículo de categoria aluguel destinado ao transporte de carga.

Um convênio entre a Prefeitura e o Governo do Estado possibilitará que a Polícia Militar auxilie na fiscalização dos Motofretistas.

Os motociclistas profissionais, além dos equipamentos de segurança, devem ter o Cadastro Municipal de Condutores (Condumoto), expedido pela Secretaria Municipal de Transportes, moto registrada em seu nome no caso de autônomos, e apresentar certificado negativo de antecedentes criminais.

Já as empresas de motofrete terão que oferecer seguro de vida de no mínimo R$22.954,00 e seguro de invalidez de pelo menos R$11.487,00 a seus funcionários. As empresas que oferecem motos aos seus colaboradores poderão licenciá-las em nome de mais de um condutor.

Atualmente, as motocicletas representam cerca de 10% dos veículos que circulam na Capital, embora 25% das mortes no trânsito sejam de motociclistas. Em média morrem, a cada dia, dois pedestres, um motorista, e um motociclista na cidade.

A Prefeitura vem adotando outras medidas para garantir maior segurança aos motociclistas e motofretistas, além da Faixa Cidadã, testada no corredor Eusébio Matoso/Rebouças/Consolação, foi implantada uma Faixa Exclusiva para motos na avenida Sumaré, medida que poderá ser estendida a outras vias.

Para Lucas Pimentel, presidente da ABRAM a experiência que tem se mostrado mais positiva é a Faixa Exclusiva, visto que, em razão de permitir o motociclista circular em espaço reservado exclusivamente para ele.

A Prefeitura através da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também instituiu o Selo Trânsito Seguro, conferido a empresas que comprovem seu compromisso com a gestão de segurança no Trânsito. Neste sentido a ABRAM que já havia lançado em 2005 a Campanha de Responsabilidade Social do Setor de Duas Rodas, que confere as empresas o Selo “Empresa Parceira do Motociclista” às empresas que possuem entre outras atribuições uma política de segurança no Trânsito, outra iniciativa da ABRAM é o Programa de Prevenção de Acidentes com Motocicletas (PRAM), por isso a associação tem apoiado a iniciativa da Prefeitura, pois acredita ser um reforço que contribuíra para segurança dos motociclistas no trânsito, ocasionando assim a adesão de novas empresas de motofrete ao Programa de Prevenção de Acidentes com Motocicletas da ABRAM.

ATENÇÃO: As punições para quem descumprir a nova legislação incluem multas, que variam de R$19,15 a R$153,26 e podem dobrar em caso de reincidência, a cassação do CONDUMOTO e da Licença de operação do serviço de motofrete, e até a apreensão da motocicleta.

SAIBA COMO SE ADEQUAR:
1 - CREDENCIAMENTO PESSOA JURÍDICA (empresa)
2 - CADASTRO DO CONDUTOR (motofretista)
3 - CADASTRO DA MOTOCICLETA. (veículo)

Conheça na íntegra: LEI Nº 14.491, DE 27 DE JULHO DE 2007.

*MOTOFRETISTA / MOTOFRETE: É o serviço de entrega e coleta de pequenas cargas por meio de motocicletas no Município de São Paulo poderá ser executado mediante prévia e expressa autorização da Prefeitura, nos termos da Lei 14.491 de 27 de julho de 2007, regulamentada pelo Decreto 48919 de 9 de novembro de 2007.

Colaboração: Motoboy Magazine - Edição 74

Transposição do rio São Francisco

Neste apresentamos o site mantido em pról da luta contra a transposição do rio São Francisco. Nele estão documentados todas as cartas enviadas ao governo federal e dele recebida sobre a questão. Apresenta ainda depoimento de diversas personalidades e entidades. Assim como a linha cronológica dos acontecimentos.

Nossa intenção não é apenas apoiar a causa. Queremos sim, ser mais uma fonte de divulgação, para que você leitor possa obter maiores informações sobre a questão. Pois a mídia, não tendo mais interesse na matéria, tenta desviar sua atenção para outros assuntos.

Site: www.umavidapelavida.com.br